Description
Bruxa: – Nós vamos juntar nossas forças mentais e espirituais, e fazer com que os meninos de hoje não sejam os homens maus de amanhã. Ou melhor, vamos fazer com que as crianças de hoje cresçam preocupadas com a destruição das florestas.
C: – Legal!
B: – Vamos unir nossas forças mentais, nossos conhecimentos e magias. Vamos, concentre-se! (fazem uma magia)
Elevando a brincadeira a algo muito sério, o teatro de Airton Lima, no seu fazer lúdico, surge como um instrumento, da razão e do sensível, humanamente possível, e necessário, contra o desmatamento da Floresta Amazônica. Traz na sua dramaturgia crítica, de uma sua ciência artística, uma fala que não quer calar “Sem floresta, Curupira não tem onde morar!”.
O autor, no que se apropria de uma literatura folclórica, e seus mitos e crenças da natureza dos tempos antigos, ao tempo em que a submete a uma literatura ecológica moderna, passa não só reelaborar as personagens Bruxa e o Curupira, que apesar de suas diferenças de ser e se fazer no mundo, coexistem, unidos por algo em comum.
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Elevando a brincadeira a algo de muito sério, o teatro de Airton Lima, no seu fazer lúdico, surge como um instrumento, da razão e do sensível, humanamente possível, contra o desmatamento histórico da floresta Amazônica. Traz na sua dramaturgia crítica, e na sua ciência, a fala que não quer calar “Sem floresta, Curupira não tem onde morar!”. De caráter artístico e pedagógico, o folclore brasileiro, na sua dimensão estética, para além de reelaborar as personagens Bruxa e o Curupira, situados num dos maiores dramas sociais da modernidade, insere a questão da destruição da Mata Atlântica como pauta para o universo infantil de muitas idades.