Valdicéia Miranda Machado

A autora nasceu em 10 de setembro de 1973, na cidade Alvarenga, Minas Gerais. Segunda filha dos cinco, do casal Zé e Jô, aspirante de escritora e apaixonada por processos criativos. Quando criança, uma “invencionática” (Manoel de Barros), apelido que atribuiu a si própria pelo fato de ser chamada “cabeça de vento”, por fazer do quintal da casa dos avós um laboratório de invenções. Durante sete anos, os territórios da sua existência percorreram a rota São Paulo – Belo Horizonte, polo da construção civil, que fomentava a oportunidade de trabalho da época. O reconhecimento como mulher parda foi acompanhado pela inserção ao Mestrado do qual a conscientização de um lugar marcado pelo racismo, reprodutor de um sistema opressor, e facilitador da estratégia de branqueamento do país. Ao mesmo tempo, esse reconhecimento tem sido mobilizador de um movimento militante junto à população preta, por meio de uma atuação antirracista e decolonial, como compromisso ao desvelamento das estruturas sociais de desigualdade que exterminam territórios, cultura e povos historicamente oprimidos. Psicóloga graduada pela Universidade FUMEC; Pedagoga graduada pela UNI-BH; Especialista em Planejamento Estratégico e Gestão de Melhoria Contínua pela UNIPEL, em parceria com o CEFET; Especialista em Gestalt-terapia e Análise Fenomenológica Existencial pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG; Mestranda em Estudos da Ocupação Humana pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, e Membro da Associação Brasileira de Gestalt-terapia – ABG. Como mestranda, tem se dedicado aos estudos e pesquisas das estruturas sociais, especificamente, as questões de étnico-raciais. Atuante da clínica tem desenvolvido um trabalho voltado à facilitação do processo da escrita como caminho de integração. “Uma mulher ou homem que não conhece a própria história, não conhece a si mesmo”. Eu não sei se li esta frase em algum lugar ou, se de fato, sou quem disse, só sei que acredito muito nela.